Mude o rumo de sua carreira

 

“Às vezes, olho pra minha carreira e me dá uma vontade enorme de mudar tudo! Mas o medo, os preconceitos e minha vasta experiência me fazem baixar novamente a cabeça e seguir pelos caminhos de sempre.” Por que será que tantas pessoas aceitam esse “destino”?

A forma como tudo caminhou desde que as primeiras carreiras de sucesso começaram a surgir pode revelar algo. Nascemos livres e, com o passar do tempo, vamos nos moldando aos tradicionalismos, usos e costumes do dia a dia e aprendemos a fazer parte de um tal mundo corporativo, cheio de práticas previamente concebidas e engessadas. Ficamos encurralados.

Prosperar é simplesmente seguir com exímia fidelidade os trilhos que foram sendo fundidos a ferro e fogo pelas décadas de gestão – ou melhor, décadas de mais do mesmo. É comum ver estruturas rígidas, sólidas e piramidais, que prestigiam sempre poucos e geram angústia e muita frustração. Estruturas que, até então, foram majoritariamente aceitas por falta de opção ou até por comodidade.

Entretanto, o mundo vem se alterando e muitas dessas mudanças têm sido para melhor. Com a disruptura tecnológica, as “inovações” passaram a ser o foco quase inquestionável. Ser hightech está na moda. Só que não podemos permitir que a modernidade seja contaminada por erros do passado aditivados por tecnologias que foram concebidas para ser positivas e tornam-se negativas se usadas erroneamente.

Startups nascem, crescem e algumas se tornam até unicórnios, nome dado àquelas que chegam a 1 bilhão de faturamento anual. Mas, mesmo com intrigantes estímulos das novas gerações, não é raro ver a jovialidade e a beleza de um unicórnio caminhando pelos mesmos trilhos das empresas tradicionais.

Nas empresas mais jovens, podem existir um maravilhoso escorregador, vários pufes confortáveis – tudo é bem colorido e dá até pra tomar uma cervejinha ali. Mas, no final do dia, coisas que de fato conectam propósitos e alimentam o caminho natural para sermos mais felizes, fazendo a margem de lucro das empresas prosperar apenas como consequência, parecem ficar meio de lado. Infelizmente, ainda é moda destruir a própria vida para poder dizer o quanto se é “top” no trabalho.

Gostaria de lembrar aqueles que pensam em mudar tudo que, se não baixarem a cabeça, poderão, sim, ver novos caminhos. Claro que não será fácil, mas será possível. Se você é um líder da nova liderança, vale se inspirar, por exemplo, no estilo de Benjamin Zander, maestro da Boston Philarmonic – Youth Orchestra, e transformar pessoas comuns em profissionais poderosos. Recomendo conhecer o método dele. E para você que ainda não é líder, levante a cabeça e não desista: acredite!


Artigo publicado originalmente no aplicativo da Revista Você S/A em 19/04/18.

 



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